quinta-feira, 15 de março de 2007

Ciência

Descoberta nova espécie de peixe no Brasil






A espécie é confundida com peixes do Caribe e EUA, mas reconhecida oficialmente apenas em águas brasileiras

09/03/2007 - 17:24 - Pesquisadores da Bahia descobriram a existência de uma nova espécie marinha de peixe exclusivo de águas tupiniquins. O nome de batismo Lutjanus alexandrei faz referência ao pesquisador brasileiro Alexandre Rodrigues Ferreira, pioneiro naturalista.A descoberta foi recentemente publicada em uma revista científica especializada em biodiversidade. Durante cinco anos a espécie foi observada em seu hábitat e simultaneamente pesquisada em acervos de museus brasileiros e americanos para análise das características.Com a identificação do peixe brasileiro, doze outros do gênero Lutjanus puderam ser reconhecidas no Atlântico ocidental, das quais oito espécies habitam a costa brasileira.Este é um dos primeiros resultados de um programa de estudo sobre as águas marinhas brasileiras que pretende articular pesquisas entre as ciências biológicas e sociais. Batizado de “Ciência para o Manejo de Águas Marinhas Protegidas” – a iniciativa deve avaliar a efetividade das águas asseguradas da pesca.De hábitos predominantemente noturnos o L. alexandrei perpassa diversos hábitats durante o ciclo de vida, desde a costa do Maranhão até o sul da Bahia. Nas etapas iniciais de sobrevivência ele habita os manguezais, e quando adulto migra para ambientes recifais.



ONG Conservação Ambiental

sexta-feira, 9 de março de 2007

Ciência

“Paulistinha” tem neurônios compartimentados
Estudo mostra que células nervosas na medula de peixe de aquário se organizam de acordo com o tipo de movimento que controlam
As células nervosas da medula espinhal do peixe-zebra Danio rerio, espécie conhecida no Brasil como paulistinha ou bandeira-paulista, se organizam de acordo com a velocidade de nado à qual estão relacionadas. Esse padrão inesperado de organização foi descoberto pela equipe de Joseph Fetcho, da Universidade Cornell (EUA). Usando técnicas modernas para observar o funcionamento das células em peixes vivos, os autores descobriram que os neurônios motores localizados na parte dorsal da espinha eram responsáveis pelos movimentos de nado rápido, enquanto aqueles que ficam na porção ventral eram ativados quando os peixes nadavam mais devagar. Para confirmar os resultados, a equipe utilizou um laser para remover neurônios em diferentes partes da medula. Ao retirar neurônios da porção ventral, os movimentos lentos foram prejudicados. O peixe-zebra é muito utilizado como modelo biológico em pesquisas sobre vertebrados.



As células nervosas na espinha do paulistinha (Danio rerio) se organizam de acordo com o tipo de nado que elas controlam



Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3750&bd=2&pg=1&lg=