terça-feira, 18 de outubro de 2011

Aniversário 5 anos + Expedição a bacia do Rio Tapajós

Outro ano se passou, e o NATURE PLANET completa 5 anos no ar. Atualmente contamos com um público de mais de 101.000 leitores espalhados por 142 paises, o que nos anima muito com nosso trabalho.



Pra você que pensou que não haveria comemoração de aniversário, ela sai atrasada por um bom motivo, a produção de uma excelente matéria de comemoração.



Para festejar esse quinto ano, apresentamos a Expedição a bacia do Rio Tapajós, um lugar fascinante e preservado de nosso país.

 Expedição a bacia do Rio Tapajós

Dessa vez estamos em Itaituba - PA, no parque Nacional da Amazônia (PARNA). O PARNA da Amazônia tem sua área drenada pelo rio Tapajós, cujo principal afluente é o rio Jamanxim. Inúmeros pequenos rios e igarapés que nascem na área deságuam no Tapajós, formando sugestivas corredeiras, afloramentos rochosos e bancos de areia. 

Amanhecer no Tapajós

 Zona de transição entre antigos terrenos consolidados e terrenos de formação mais recente, o solo do Parque é coberto em sua maior parte por floresta úmida, de terra firme, com numerosas e variadas espécies de árvores, chegando as mais altas a alcançar 50 metros. 

 Corredeiras do Rio Tapajós

Foi criado em 1974, após a abertura da Transamazônica, através do decreto n° 73.683 de 19.02.74 e alterado pelo decreto 90.823 de 18.01.85. Atualmente essa área de proteção integral possui 1.161.864 de hectares, sendo muito procurado por visitantes observadores de pássaros do mundo todo. 

Para chegar até aqui andamos cerca de 4000 km, passando por diversos estados brasileiros. Nessa região, o Rio Tapajós possui diversas corredeiras e pedrais que atravessam o rio por completo. Com isso são formadas belas paisagens naturais, que contrastam as águas límpidas e esverdeadas do Tapajós.

  Pedrais e corredeiras

Pedras e corredeiras

Consequentemente, nesses pedrais vivem os mais belos acaris (cascudos) da bacia do Tapajós.

Bola de ouro - Baryancistrus L142

 Onça pintada - Leporachanthicus joselimai

 Arabia - Scobinancistrus L368

Acari - Hypostomus soniae

O Rio Tapajós forma também diversas praias em suas margens, algumas delas lembram até o Mar do Caribe. Nessa região, o rio Tapajós possui diversos afluentes, os famosos Igarapés (riachos) e rios de médio porte, onde podemos encontrar lindos exemplares de sua fauna como raias, banjos, mocinhas, coridoras, aracus e outros. Alguns pontos desses igarapés, são verdadeiros aquários naturais, com muitos troncos e peixes ao seu redor.

Igarapé

Igarapé com pequena cachoeira


Aquário natural 

Aquário natural

 Aquário natural


 Corydoras sp.


 Banjo - Bunocephalus coracoides
 

Aracu - Leporinus cf. fasciatus

Pacu barrado - Myleus schomburgkii


Raia - Potamotrygon sp. "Jabuti"

Maria mole - Ituglanis sp.

Reco Reco - Amblydoras affinis


 E nos rios de médio porte, alguns peixes um pouquinho maiores,

 Peixe onças - Leiarius marmoratus


Aruanã - Osteoglossum bicirrhosum

Raia - Paratrygon aireba

Praias do Rio Tapajós

Uma região tão bela e de riquezas inigualáveis, poderá sumir em um futuro não muito distante. Além da poluição por mercúrio que o rio sofreu no passado, nos dias de hoje o PAC (Plano de aceleramento do crescimento) pretende instalar um Usina Hidrelétrica até o ano de 2014 na região conhecida como São Luiz do Tapajós, exatamente dentro do PARNA Tapajós nos pedrais mostrados nessa matéria. Além dessa Usina, que será a primeira, estão prevista no total cinco usinas hidrelétricas para os Rio Tapajós e Jamanxin, que afetarão diretamente 871 km² de áreas protegidas de floresta, uma área equivalente a metade da cidade de São Paulo. 

 Pedrais do Tapajós

Um dos primeiros Parques Nacionais da região Norte, protegido a mais de 30 anos em uma região que cada vez mais abre espaço as pastagens no entorno da BR-163, pode praticamente desaparecer com a construção dessa Usina hidrelétrica, afetando diretamente as espécies de peixes migratórios que não vão conseguir mais subir o rio para desovar, espécies de peixes ornamentais que habitam áreas sem ação antrópica e que podem desaparecer no futuro, espécies de aves como as araras que habitam os buritizais e outras palmeiras das várzeas e perderam seus ninhos com o enchimento do reservatório. 

 Cachoeiras e corredeiras do Tapajós

Como a futura UHE está localizada em uma área onde existe apenas o Parque Nacional, o governo federal poderá aprovar a construção da mesma mais facilmente ao contrário de Belo Monte. Mas, do outro lado da margem do PARNA encontramos a comunidade do Pimental, o único povoado que poderá atrapalhar os planos do PAC. 
 Flor de Jambo
Pimental é a comunidade tradicional mais antiga de Itaituba, que vive principalmente da pesca artesanal de peixes de corte e de peixes ornamentais. É onde se encontram as cachoeiras do rio Tapajós, as quais poderam ficar toda submergida juntamente com a comunidade e cairem no esquecimento, não apenas as suas terras, mas também sua história e a de seus moradores, que são muito mais valiosas do que suas terras.

Mapa do futuro Complexo Hidrelétrico planejado

Mesmo com toda a destruição que o homem já causou ou ainda pretende com suas represas, a natureza sempre tenta contornar a situação, nos mostrando toda sua riqueza, para que possamos nos conscientizar e manter preservados os poucos locais que nos restam, pois um dia tudo isso poderá desaparecer, e nesse dia será tarde demais para voltar atrás.

Ricardo Britzke © Copyright 2011 © 

sábado, 3 de setembro de 2011

Visita a um exportador de peixes ornamentais

Dessa vez estamos em Iquitos - Peru, capital do departamento de Loreto e da Amazônia peruana. 
 Rio Itaya ao fundo

É conhecida por ser a cidade que não pode ser alcançada por rotas terrestres, devido estar cercada pelos rios Itaya, Nanay e Amazonas. As únicas rotas até Iquitos são de barco ou avião. 


Praça Central de Iquitos 

O nome da cidade provém do povo indígena Iquito, que atualmente vive em pequenas vilas ao longo dos rios Marañón, Tigre e Nanay, com populações no Peru e Equador.


 Motocar, o transporte urbano tradicional de Iquitos


Em Iquitos, se encontram várias empresas de exportação de peixes ornamentais, sendo a maior e mais conhecida delas a Stingray Aquarium. Ela trabalha apenas com peixes ornamentais provenientes da Amazônia peruana, que na minha opinião estão entre os mais bonitos da bacia amazônica.


Então vamos as fotos,

Estrutura - Galpão de aquários e tanques externos





E agora a melhor parte, os peixes.

Tetras

Tetra Bleeding Heart - Hyphessobrycon erythrostigma

Tetra Bleeding Blue - Hyphessobrycon sp.

Tetra Junior - Hemigramms caudovittatus

Red pencil 2 - Nannostomus rubrocaudatus

Red Pencil 1 - Nannostomus morthelari

Corydoras e peixes de fundo

Corydoras evylinae

Cory Punctatus Nanay - Corydoras sp.

Corydoras panda
Cory jumbo - Brochis multiradiatus

 Cory syen Luminoso - Corydoras sychri

 Cory ortonopterus - Corydoras orphnopterus

 Corydoras Orange laser - Corydoras sp.


 Panaque sp.

Ancistrinae

Hypoptopomatinae

 Sturisoma sp.

Ancistrinae

Otocinclus aff. cocama

Panaque sp.

 Hemiondotichthys sp.

Raias



 Ciclídeos

Discos Nanay 
 
Apisto Glasser - Apistogramma barlowi

Apisto Mortenthaler- Apistogramma martini

 
Apisto Cruzi - Apistogramma cruzi

 Pece Hoja


Embalagens e envios








Essa é uma pequena amostra do ví que por lá. Os peixes são enviandos principalmente a Europa, Estados Unidos e Ásia, sendo seus principais compradores. 

Quem tiver interesse em conhecer, segue link deles:


© Copyright 2011 ©