sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ciência

A mais velha mãe de que se tem notícia foi descoberta por um grupo de cientistas, em feito já considerado um dos mais importantes na história da paleontologia. O estudo, descreve um único embrião conectado à mãe pelo cordão umbilical.

Trata-se da mais antiga evidência de procriação de um vertebrado. O fóssil, com idade estimada de 380 milhões de anos, pertence a uma espécie até então desconhecida, de uma extinta classe de peixes com armadura que viveu no período Devoniano.



Placoderme

Mãe e filho eram placodermos, ou seja, pertenceram a um grande e diverso grupo de peixes que os cientistas estimam ter sido o mais primitivo entre os vertebrados com mandíbulas. Os placodermos, conhecidos como dinossauros dos mares, dominaram lagos e oceanos por cerca de 70 milhões de anos.
O fóssil foi encontrado na formação Gogo, no oeste da Austrália, em local que integrou um antigo recife de barreira entre 408 milhões e 355 milhões de anos atrás. A mãe tinha 25 centímetros de comprimento. O fóssil está em exibição no Museu Melbourne.
Os pesquisadores responsáveis pela descoberta deram à espécie o nome de Materpiscis attenboroughi, em homenagem ao renomado naturalista e documentarista inglês David Attenborough. Foi Attenborough quem, em 1979, primeiro chamou a atenção à formação Gogo.
No artigo, os cientistas destacam que a espécie apresentava “biologia reprodutiva notadamente avançada, comparável à dos modernos tubarões e raias”.



Grupo australiano descobre fóssil de vertebrado e filhote ligados por cordão umbilical, no mais antigo registro do tipo


Fósseis de vertebrados com o momento de procriar preservado são extremamente raros. O novo achado amplia o registro de tais casos em 200 milhões de anos. “É um dos fósseis mais extraordinários já descobertos. Trata-se não apenas da primeira vez que um embrião fossilizado é encontrado com uma corda umbilical, mas também do mais antigo exemplo conhecido de uma criatura dando à luz a outra”, disse John Long, do Museu Vitória, coordenador do estudo.
“A evidência de um espécime com cordão umbilical e embrião fornece à ciência o primeiro exemplo de fertilização interna, ou seja, de sexo. O que confirma que alguns placodermos apresentavam biologia reprodutiva avançada. Essa descoberta muda nossa compreensão sobre a evolução de vertebrados”, destacou.





O fóssil foi encontrado na região noroeste da Austrália

“Dizer que estou emocionado com a notícia é pouco. Estou extremamente lisonjeado que meu nome tenha sido dado a uma criatura tão surpreendente”, escreveu Attenborough em carta a Long.


Fonte: Agência FAPESP

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Atlantirivulus - novo subgênero de Rivulus

Atlantirivulus, novo subgênero de Rivulus Poey, é descrito para incluir um grupo de espécies bem definidas e isoladas geograficamente, endêmicas do leste do Brasil, anteriormente conhecido como o grupo de espécies Rivulus santensis. Ele inclui oito espécies, todas vivendo em ambientes da Mata Atlântica: Rivulus santensis Köhler, a espécie tipo do novo subgênero, Rivulus depressus Costa, Rivulus haraldiolii Berkenkamp, Rivulus janeiroensis Costa, Rivulus lazzarotoi Costa, Rivulus luelingi Seegers, Rivulus nudiventris Costa & Brasil e Rivulus simplicis Costa.


Atlantirivulus santensis "Bertioga" - macho

Atlantirivulus janeiroensis "Barra da Tijuca" - macho

Atlantirivulus simplicis "Jabaquara" - macho


Para conhecer mais do trabalho, consulte em:

Costa, W.J.E.M. Atlantirivulus, a new subgenus of the killifish genus Rivulus from the eastern Brazilian coastal plaines (Teleostei: Cyprinodontiformes: Rivulidae). Vertebrate Zoology v.58, p.45-48, 2008

Fotos: Gentilmente cedidas por Francisco Falcon - Killifish Brasil - The Blogger

Adaptado e traduzido por Ricardo Britzke
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segunda-feira, 19 de maio de 2008

1º Encontro e palestra de Aquapaisagismo de Campinas e Região.


Palestra de altíssimo nível com Rony Suzuki, André Longarço e Luca Galarraga da empresa Aquabase, todos reconhecidos mundialmente, oportunidade única de assistir uma montagem ao vivo de um aquário plantado pelo Rony Suzuki com participação de André e Luca.

Primeira parte do evento- Palestra Audio visual ministrada pelo Srº André Longarço e Luca Galarraga que abordará temas técnicos e teóricos, como tipos de substratos, iluminação, utilização de CO2, montagem e manutenção.

Segunda parte- Montagem prática de um aquário plantado pelo Rony Suzuki com participação especial de André e Luca da Aquabase.



  • Data: dia 14 de Junho de 2008
  • Horário: 14:00 às 18:00 hrs
  • Local: Hotel Diplomata Informações do Hotel para reservas:
  • Telefone: (19) 3721 7755 - Fax: (19) 3721 7776 - E-mail: reservas@diplomatahotel.com
  • Endereço: Rua Fernão Pompeu de Camargo, 900, Jardim do Trevo - Campinas- SP
  • Valor do ingresso- R$ 20,00 no cartão de crédito ou reserva e pagamento feito em depósito bancário ou em dinheiro diretamente em nossa loja física terá um desconto de 25% ou seja o valor será de R$ 15,00.
  • Vagas super limitadas.
  • Estacionamento- Gratuito
  • Incluindo Coffe Break, sorteio de vários produtos e distribuição de brindes para todos os participantes.

Palestrantes- Rony Suzuki e André Longarço(Aquabase)
Apoio:
  • Aquabase
  • Aquamagazine
  • Aquamazon
  • Arcádia
  • Atman
  • Boyu
  • Chácara Takeyoshi
  • Eheim
  • Marineland
  • Prodac
  • Tetra
  • Tropica
Maiores informações em: www.aquasn.com.br/

Fotos: Aquabase

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Nova espécie de Mocinha (Characidium heirmostigmata)

Cientistas brasileiros descrevem uma nova espécie do gênero Characidium na região sul do Brasil.

Characidium heirmostigmata é encontrado na drenagem superior do rio Paraná no sul do Brasil, e recebeu esta nomenclatura devido a uma série de marcas pretas nas laterais do corpo (Do grego heirmos = série e stigmata = marcas).


A espécie nova pode ser distinta de outros membros do gênero, exceto Characidium serrano, que possui de 8 a 11 barras oblíqua incompletas nas laterais do corpo, que estendem para cima e para baixo a partir da linha lateral e são independentes das 8 ou 9 barras transversais dorsais geralmente encontradas nas diversas espécies de Characidium.


Characidium heirmostigmata difere de Characidium serrano por possuir um corpo mais largo (12.2-15.7% contra 8.7-11/1% no comprimento padrão) e possuir poucas escamas perfuradas na linha lateral (32-35 contra. 37-39).


Para maiores informações, consulte o artigo completo: Graça, W.J., Pavanelli C.S. Characidium heirmostigmata, a new characidiin fish (Characiformes: Crenuchidae) from the upper rio Paraná basin, Brazil. Neotropical Ichthyology 6, pp. 53–56, 2008.

Fontes: Neotropical Ichthyology

Adaptado e traduzido por Ricardo Britzke
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terça-feira, 13 de maio de 2008

Novo gênero para os killifishes Sulamericanos

O récem lançado artigo do ictiólogo Wilson Costa sobre o gênero Leptolebias, transfere as espécies Leptolebias minimus, L. fractifasciatus e L. cruzi para o novo gênero Notholebias (Costa, 2008).

As atuais espécies de Leptolebias foram reorganizadas em dois gêneros distintos:

Leptolebias (Myers 1952)
L. marmoratus
L. splendens
L. opalescens
L. citripinnis
L. aureoguttatus
L. itanhaensis (Costa, 2008) – nova espécie (SP e PR)

Leptolebias citripinnis


Leptolebias marmoratus


Notholebias (Costa, 2008)
N. minimus
N. fractifasciatus
N. cruzi

* Leptolebias leitaoi apresentou uma posição filogenética ainda indefinida.


Notholebias fractifasciatus


Notholebias minimus


Para conhecer mais do trabalho, consulte em:
Costa, W. J.E.M. 2008. Monophyly and taxonomy of the Neotropical seasonal killifish genus Leptolebias (Teleostei: Aplocheiloidei: Rivulidae), with the description of a new genus. Linnean Society of London, Zoological Journal of the Linnean Society153: 147-160.

Adaptado e traduzido por Ricardo Britzke
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domingo, 11 de maio de 2008

Curso de Aquapaisagismo - Aquarius Rio Claro


No último dia 03/05 aconteceu em Rio Claro, na loja Aquarius o 1º Encontro de Aquapaisagismo realizado pela Grow aquarium plants e pela ELOS.


Rômulo apresentando as plantas Grow


Os sócios da Grow aquarium plants, Rômulo Arantes e João Paulo Lima palestraram sobre a fisiologia e as necessidades das plantas aquáticas, mostrando também as fotos de seu viveiro localizado na cidade de Ribeirão Preto e a enorme variedades de plantas por eles cultivadas.


João Paulo apresentado os tipos de substratos para plantas aquáticas


Também o Ricardo Martins da World Fish Aquarios, representante exclusivo da ELOS no Brasil, falou sobre a qualidade e a garantia dos produtos e tudo mais.


Ricardo apresentando os produtos Elos


No final do curso, houve a montagem de um aquário plantado com os produtos ELOS pelo João Paulo da Grow, equipado com Canister Ehein Classic e kit de CO2 Sera e também o sorteio de uma enorme variedade de brindes para os participantes.

Aquário a ser montado


Substrato Elos Terra

Decoração com rochas (Gnaisse)

Enchendo o aquário

Plantando para formar um layout ilha

Plantando Hemianthus callitrichoides

Vista central depois de pronto

Vista lateral

Vista traseira



E agora a melhor parte, os brindes sorteados... =]


Por enquanto é só...

sábado, 3 de maio de 2008

Interzoo 2008


No próximo dia 22 de maio, se inicia em Nuremberg na Alemanha a Interzoo 2008.
Trata-se de uma grande exposição dedicada ao setor de animais de estimação, que se realiza a cada dois anos. A edição deste ano será especial, devido ao 30º aniversário da feira.



O número de expositores aumenta a cada edição e é possível estabelecer contatos tanto com compradores quanto com outras empresas e representantes do ramo, bem como veterinários e clínicas.





Para mais informações, conheça o site oficial da feira:


Segue mais fotos do ultimo evento:




quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ciência

Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, estão tentando descobrir como uma espécie de peixe conseguiu sobreviver sem reprodução sexuada há pelo menos 70 mil anos.
A população da Molinésia Amazona, ou Poecilia formosa na nomenclatura científica, é formada apenas por fêmeas e pode ser encontrada na região do Texas, nos Estados Unidos, e no México.
A espécie se reproduz por um processo conhecido como ginogênese, que consiste em um tipo de "acasalamento" com machos de outras espécies. O espermatozóide, no entanto, serve apenas para estimular os óvulos da fêmea, não para fecundá-los. Por isso, os filhotes são sempre clones das mães e não herdam traços genéticos do macho.

Fêmea de Poecilia formosa e macho de outra espécie

Segundo os cientistas, criaturas que se reproduzem de forma assexuada apresentam problemas genéticos e freqüentemente são vítimas de extinção pela fraqueza da espécie, o que não teria acontecido com a Molinésia-Amazona.
Para entender o complexo sistema de sobrevivência desse tipo de peixe, os cientistas calcularam há quanto tempo a molinésia-amazona deveria ter sido extinta, com base em cálculos das modificações genéticas pelas quais passaram várias gerações. Os resultados mostram que a espécie deveria ter sido extinta há 70 mil anos. No entanto, ela ainda pode ser encontrada atualmente.

'Truques'
De acordo com os cientistas, a espécie deve estar usando alguns "truques" genéticos para sobreviver e o próximo passo da pesquisa será entender quais são eles.
"O que nosso estudo demonstra é que este peixe realmente tem alguma coisa especial e que existem alguns truques que ajudam a espécie a sobreviver", disse Laurence Loewe, que liderou o estudo.

Exemplar de Poecilia formosa
Uma hipótese levantada pela pesquisa é a de que, em alguns casos, o peixe pode estar pegando traços do DNA dos machos para estimular a reprodução e renovar sua combinação genética.
Segundo Loewe, as descobertas podem ajudar a compreender melhor os mecanismos de outras espécies.
"O interessante é que podemos aprender mais sobre outras espécies que utilizam estes mesmos truques", afirmou.
O estudo foi publicado na revista científica BMC Evolutionary Biology.

Fonte: G1