quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Peixes palhaços e anêmonas - Mutualismo

Um dos mais fascinantes peixes da natureza, sendo muito pesquisados por biólogos que são atraídos por sua beleza encantadora e pela sua peculiar interação com as anêmonas.

Amphiprion ocellaris
Os peixes palhaços são encontrados por toda região oeste dos Oceanos Ìndico e Pacífico, concentrando-se em maior quantidade na região dos arquipélagos das Filipinas. A maior influência quanto a sua distribuição, é a disponibilidade das anêmonas e sua distribuição nos oceanos.
Dotados de um nado relativamente lento e cores chamativas, os peixes-palhaço atraem de longe a atenção dos predadores, como peixes grandes, raias e tubarões. Com isso, eles adquiriram uma estratégia evolutiva, sendo um sistema eficiente para se proteger dos agressores. Produzem um muco protetor, que impede que as “células urticantes”, os nematocistos, penetrem e ao se esfregar lentamente nos tentáculos de uma anêmona, o muco desta passa a combinar-se com o seu e assim a anêmona não o reconhece como uma presa, e o peixe se protege de seus predadores.

Amphiprion percula
Na natureza, o peixe palhaço não consegue sobreviver sem a presença de uma anêmona, pois elas lhe fornecem abrigo, proteção, delimitam seus territórios, afastam possíveis predadores e servem como local de desova. Elas são beneficiadas também, pois seus tentáculos são aerados com os movimentos dos peixes, conseguem capturar presas mais facilmente, atraídas pelos movimentos e cores dos peixes palhaço e ainda se beneficiam de fragmentos de alimentos consumidos por eles. Essa relação entre ambos se chama Mutualismo.
Premnas biaculeatus
Existem cerca de 27 espécies, uma das quais pertence ao gênero Premnas, pertencendo os outros ao gênero Amphiprion.
Família Pomacentridae
Subfamília Amphiprionae
Gênero Amphiprion (peixes anêmonas)

Amphiprion akallopisos (nosestripe anemonefish, skunk clownfish, skunk-strip anemonefish, whitebacked clownfish)
Amphiprion akindynos (barrier reef anemonefish)
Amphiprion allardi (twobar anemonefish)
Amphiprion argenteus
Amphiprion bicinctus (threebanded anemonefish, twoband anemonefish)
Amphiprion chagosensis (chagos anemonefish)
Amphiprion chrysogaster (mauritian anemonefish)
Amphiprion chrysopterus (orangefin anemonefish)
Amphiprion clarkii (black clown, brown anemonefish, chocolate clownfish, clarck's anemonefish, yellowtail clownfish)
Amphiprion ephippium (red saddleback anemomefish, saddle anemonefish)
Amphiprion frenatus (black back anemonefish, fire clown, oneband anemonefish, red clown, tomato clownfish)
Amphiprion fuscocaudatus (seychelles anemonefish)
Amphiprion latezonatus (wideband anemonefish)
Amphiprion latifasciatus (Madagascar anemonefish)
Amphiprion leucokranos (whitebonnet anemonefish)
Amphiprion matejuelo
Amphiprion mccullochi (Mcclloch's anemonefish, whitesnout anemonefish)
Amphiprion melanopus (black anemonefish, dusky anemonefish, fire clownfish, red and black anemonefish)
Amphiprion nigripes (maldive anemonefish)
Amphiprion ocellaris (clown anemonefish, common clownfish, false clown anemonefish)
Amphiprion omanensis
Amphiprion percula (blackfinned clownfish, clown anemonefish, clown fish, orange clown fish)
Amphiprion perideraion (false skunkstriped anemonefish, pink skunk clown, salmon clownfish, whitebanded anemonefish)
Amphiprion polymnus (brownsaddle clownfish, saddleback clownfish, yellowfinned anemonefish)
Amphiprion rubrocinctus (Australian anemonefish, red anemonefish, redgirdled anemonefish)
Amphiprion sandaracinos (orange anemonefish, yellow clownfish, yellow skunk clownfish)
Amphiprion sebae (brown clownfish, sebae clown, yellow clownfish, yellowtailed anemonefish)
Amphiprion thiellei
Amphiprion tricinctus (maroon clownfish, theeband anemonefish)
Amphiprion tunicatus

Gênero Premnas

Premnas biaculeatus

Stichodactyla gigantea

Como manter o peixe Palhaço no Aquário
As condições para a manutenção de peixes palhaço são básicas, ou seja, níveis de compostos nitrogenados zero; pH em torno de 8,3; iluminação de 12 horas diárias e temperaturas em torno de 26º C.
Manter anêmonas em cativeiro não é tarefa das mais difíceis, mas manter determinadas espécies, sim. Boa parte das anêmonas que servem de “anfitriãs” são exigentes e sua manutenção pode trazer problemas para o aquariofilista, especialmente para o menos experiente.
Amphiprion frenatus
Os gêneros mais utilizados em aquários são: Entacmaea, Heteractis, Stiochodactyla, Macrodactyla e Cryptodendrum, quase todos com exigências altas como por exemplo a intensidade de luz, pois habitam águas rasas. Um fator comum à todas as espécies é a alimentação que deve ser ministrada diretamente e em quantidades regulares. Muitas anêmonas, ao se moverem pelos aquários, ferem-se e acabam morrendo. Quando uma anêmona morre, libera grandes quantidade de toxinas que podem matar todos os outros habitantes do aquário.
Amphiprion clarkii
Reprodução
Outro fato que chama atenção nesses peixes é a reprodução, pois são peixes hermafroditas, ou seja, possuem os dois sexos e têm capacidade de mudarem conforme sua necessidade. Isso é possível porque os peixes, enquanto jovens, não definem o sexo, eles nascem com capacidade de serem machos ou fêmeas. Nos grupos de peixes palhaços, se existir uma fêmea e ela seja a dominante, todos os outros permaneceram machos até que a fêmea morra ou migre para outro lugar. Então, o macho maior do grupo se modifica em fêmea e assume a postura da antiga fêmea, o que significa que se forem colocados dois peixes juvenis juntos no mesmo aquário, o maior deles se tornará fêmea e outro macho.
Entacmaea quadricolor var. pink
Alimentação

Os peixes-palhaço não são exigentes quanto ao tipo de alimentação oferecida. Aceitam muito bem alimentos vivos como artêmia, gamarídeos e misidáceos, vitais para a manutenção de boa saúde do peixe em cativeiro; congelados como patês elaborados com mexilhões, lulas, camarão e ministrados em pequenas quantidades e rações industrializadas de boa qualidade. Uma regra muito importante e que vale para qualquer peixe mantido em cativeiro é oferecer alimentos variados e de boa procedência.
Entacmaea quadricolor var. red

Referências Bibliográficas:
TALARICO, Alexandre; RAMOS, Cássio. Respeitável Público. Revista Aquamagazine, São Paulo, ano 1, v. 2, p. 46-55, nov./dez./ jan. 2006.
Mania de bicho acessado em 12 de agosto
Wikipedia acessado em 12 de agosto


Adaptado por Ricardo Britzke
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3 comentários:

mrcfoz disse...

A parte sobre reprodução esta "quase" certa.
Eles nascem machos, desenvolvem-se para juvenis e depois para machos imaturos, eventualmente para machos maduros, e ocasionalmente para femeas maduras. Eles tem capacidade para se "converterem" ou mudarem ou desenvolver para femea, mas isso acontece uma única vez e sempre na direção de macho para femea.
Não existe reversão de femea para macho.
O mais correto seria dizer que são hermafroditas incompletos, com "protandria". Desenvolvem-se primeiro como macho e eventualmente para femea. O inverso chama-se Protogenia.

Anônimo disse...

essa pagina me ajudou muito para um trabalho de escola sobre os peixes palhaços tirei 2º lugar
obgggggggg *>*

Anônimo disse...

A parte da reprodução se chama transexualismo