Biólogos da UnB descobrem 12 espécies em córregos do Parque Nacional de Brasília
O objetivo da pesquisa era analisar os diferentes padrões de distribuição dos cardumes nas bacias do Parque Nacional de Brasília, unidade de conservação de proteção integral do Distrito Federal que fornece água potável à capital. A descoberta das espécies acabou sendo uma “cereja sobre o bolo” que enriqueceu ainda mais o estudo.
Mas a descoberta não é surpreendente, na avaliação do biólogo. Segundo ele, a imensa variedade de flora e fauna do parque contribui para a realização das pesquisas. “Já esperávamos encontrar novas espécies, porque os cardumes ainda são pouco estudados, apesar da riqueza da região”, reconhece.
Aquino conta que escolheu 14 pontos diferentes ao longo dos córregos para a pesquisa, realizada simultaneamente com a da bióloga Mariana Schneider, que coletou os peixes para análise de seus hábitos alimentares. Os resultados do trabalho foram submetidos para publicação em periódicos especializados e aguardam avaliação.
Espécies endêmicas
Duas das 12 novas espécies identificadas no estudo – Heptapterus sp. e Ctenobrycon sp. – são consideradas endêmicas do Parque Nacional. As outras dez foram encontradas em outros trechos da bacia fora do território delimitado para o parque brasiliense.
A espécie que apresentou o maior número de peixes coletados no estudo, com quase 6.000 indivíduos, foi a Knodus moenkhausii, que já havia sido descrita pela ciência. Em segundo lugar ficou a nova Astyanax sp., com quase dez vezes menos espécimes coletados. Microlepidogaster sp. Uma das novas espécies encontradas em Brasília, é conhecido como “cascudo” e pertence à família Loricariidae
Mas a descoberta não é surpreendente, na avaliação do biólogo. Segundo ele, a imensa variedade de flora e fauna do parque contribui para a realização das pesquisas. “Já esperávamos encontrar novas espécies, porque os cardumes ainda são pouco estudados, apesar da riqueza da região”, reconhece.
Aquino conta que escolheu 14 pontos diferentes ao longo dos córregos para a pesquisa, realizada simultaneamente com a da bióloga Mariana Schneider, que coletou os peixes para análise de seus hábitos alimentares. Os resultados do trabalho foram submetidos para publicação em periódicos especializados e aguardam avaliação.
Espécies endêmicas
Duas das 12 novas espécies identificadas no estudo – Heptapterus sp. e Ctenobrycon sp. – são consideradas endêmicas do Parque Nacional. As outras dez foram encontradas em outros trechos da bacia fora do território delimitado para o parque brasiliense.
Entre as 12 novas espécies identificadas no estudo, o Astyanax sp. (à esquerda) é aquela que teve o segundo maior número de exemplares coletados. Essa espécie é encontrada em todos os trechos dos riachos que deságuam no lago Paranoá, assim como o Hasemania sp. (à direita), que é 1 cm menor que o Astyanax sp. (fotos: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino).
Esta é uma das novas espécies que nada desde a cabeceira até a foz dos riachos. Aquino explica que isso foi possível graças ao tamanho desse peixe: “Por atingir um maior porte, o Astyanax sp. é capaz de se deslocar com mais facilidade e, por isso, pode ser visto em todos os trechos. Já as espécies com pequeno porte ficam isoladas nos diversos trechos da bacia”.
Segundo o biólogo, o isolamento dessas pequenas populações nas cabeceiras permitiu que elas se diferenciassem até configurar novas espécies, com o passar de milhares de anos – fenômeno que os biólogos chamam de especiação alopátrica ou geográfica.
Por isso, Aquino destaca a importância da preservação do Parque Nacional para as espécies nativas da região, longe da poluição e do crescimento urbano. “A preservação é fundamental para a manutenção da biodiversidade do cerrado. Se essa região não fosse conservada, talvez as espécies não seriam encontradas, já que o Parque Nacional fica dentro do Distrito Federal”, enfatiza o biólogo.
Fonte: Ciência Hoje
1 comentários:
Que bom que gostou do Biocistron. Dei uma olhada no seu agora e pareceu muito legal também. Visitarei mais vezes. Abraço!
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