Uma nova espécie do gênero Apistogramma é descrita para as drenagens do baixo Mamoré na província de Beni na Bolívia. Descrita pelos ictiólogos alemães Wolfgang Staeck and Ingo Schindler, a nova espécie foi nomeada de Apistogramma erythrura.
Apistogramma erythrura é relacionado com Apistogramma trifasciata, pois ambas as espécies possuem a nadadeira dorsal altamente prolongada na parte dianteira nos machos, uma nadadeira caudal redonda, uma faixa lateral larga que se estende até a cauda, sem um ponto caudal.
Apistogramma erythrura pode ser reconhecido e separado de Apistogramma trifasciata pelas seguintes características:
Forma do corpo: corpo mais profundo (mais alto na parte traseira) em relação a A. trifasciata, fazendo Apistogramma erythrura parecer maior, embora ambos apresentem o mesmo comprimento.
Faixa lateral: a faixa lateral de Apistogramma erythrura é mais larga do que A. trifasciata, pois ela alarga-se na base da cauda. Tal faixa é mais distinta na metade traseira dos peixes e é frequentemente pálida ou nao visível do corpo até o opérculo.
Opérculo: Em muitos machos do Apistogramma erythrura, a parte posterior mais baixa do do opérculo mostra uma mancha vermelha brilhante. Ja em Apistogramma trifasciata, nenhuma população foi encontrada com tal características.
Marcações abdominais: Apistogramma erythrura não possui a listra diagonal escura que estende das nadadeiras peitorais ao ânus, muito evidente em Apistogramma trifasciata.
A nadadeia caudal do macho pode ser vermelha ou azul ou mesmo uma combinação das duas cores.
Erythrura tem origem do grego, onde erythro significa vermelho e ura significa cauda, uma referência a cor da nadadeira caudal na maioria dos machos adultos.
De acordo com os autores, Apistogramma erythrura é encontrado quase exclusivamente nos lagos, ou em áreas mais lentas de córregos. Vivem em águas límpidas e transparentes, com pH em torno de 5,5 a 6.5 e temperaturas de 30ºC.
É mais encontrado abundantemente em locais com muitas plantas aquáticas como Eichhhornia azurea misturadas com Paspalum repens, Cabomba furcata ou Utricularia spp. Quando em perigo saltam da água e frequentemente encontram-se imóvel por dez ou vinte segundos na superfície das folhas da vegetação emersa.
Sua alimentação na natureza consite de copepodas, ácaros e larvas de inseto diferentes. O mesmo possui distribuição tanto na Bolívia quanto no Brasil.
0 comentários:
Postar um comentário