terça-feira, 11 de setembro de 2007

Projeto Meros do Brasil



Seu início marca a crescente preocupação com o declí­nio sofrido na população de Meros ao longo de toda sua distribuição. A pesca desta espécie já foi proibida em diversos pontos do oceano Atlântico Oeste. No Brasil, a portaria Nº 121, de 20 de setembro de 2002, veio garantir a proteção do mero por 5 anos e fortalecer a necessidade de pesquisas científicas sobre a sua biologia. O mero é um peixe que atinge as maiores proporções dentro das espécies da famí­lia Serranidae (ex. garoupa, badejo, cherne, mero) podendo chegar a um total de 300Kg em massa. Este fator, juntamente ao crescimento lento, hermafroditismo protogínico, formação de agregados reprodutivos e idade de primeira maturação elevada, destacam a espécie como altamente susceptí­vel à sobrepesca. Aliado aos fatores preocupantes de sua biologia está o alto valor de mercado alcançado nas peixarias por espécies da famí­lia Serranidae, que causa uma grande procura pelo peixe.




Ephinephelus Itajara
Com a fundação da ONG VIDAMAR, no começo do ano de 2002, o projeto MEROS DO BRASIL se consolidou, tendo como parceira a Universidade do Vale do Itajaí­ (UNIVALLI - CTTMar) e a escola e operadora de mergulho HIDROSUB. Essa parceria visa unir esforços para conhecer melhor a biologia desta espécie e ao mesmo tempo, com auxí­lio de conhecimento cientí­fico, contribuir para a sua conservação nas águas brasileiras.


Ephinephelus Itajara

Biologia

Mero (Ephinephelus Itajara): Membro da família Serranidae, sendo o maior dos representantes no Atlântico podendo chegar ao peso máximo de aproximadamente 455 kg e são marcados visivelmente por sua cabeça lisa e larga, espinhos dorsais curtos, olhos pequenos e dentes caninos. Sua cor varia de marrom amarelado à azeitona, com os pontos escuros pequenos na cabeça, no corpo e nas barbatanas. Os machos tendem a mudar a cor ao cortejar. Quanto mais peixes estiverem reunidos, mais intensas são as interaçães entre os indivíduos (Sadovy et al., 1999). Os Meros são predadores situados em níveis superiores da cadeia trófica, alimentam-se principalmente de crustáceos, lagostas e caranguejos (GMFMC, 2001). Juvenis alimentam-se de camarões, caranguejos e bagres marinhos. Partes de polvos, tartarugas e outros peixes também foram encontrados (Sadovy et al., 1999). Notavelmente, adultos podem viver aproximadamente 30 anos de idade (26 para machos, 37 para fêmeas). Se a população fosse deixada intacta, Meros poderiam viver acima de quarenta anos de idade (NOAA NMFS, 2001). O maior problema enfrentado pelo mero é a falta de dados exatos inerentes à biologia da espécie e a pesca predatória feita pelo homem.


Ephinephelus Itajara




*Nota: A portaria Nº 121, de 20 de setembro de 2002, que garantiu a proteção do mero por 5 anos, venceria agora no próximo dia 20 de setembro. A mesma foi prorrogada por mais 5 anos.
Saiba mais do Projeto: www.merosdobrasil.org

5 comentários:

Osc@r Luiz disse...

Legal!
Se parecem com fósseis-vivos!
E o Projeto vem em boa hora.
Um abraço!

Osc@r Luiz disse...

Valeu, parceiro!
Vai ao ar hoje depois da meia noite se eu conseguir formatar certinho até lá.
Se alguma coisa, porventura, vier a te interessar em algum dos meus blogs, fique à vontade, claro.
E se tiver alguma coisa mais que queira divulgar, conte comigo.
Grande abraço, meu amigo!
Boa noite!

Osc@r Luiz disse...

Não consegui formatar a tempo.
Assim que estiver no ar eu aviso.
À noite vou ver como proceder para votar no seu blog para os sites de aquariofilia linkados na sua coluna.
Abraço! Bom dia!

Osc@r Luiz disse...

Postado, meu amigo.
Se não gostar de alguma coisa, me avise, ok?
Um abraço!

Pablo Ramada disse...

Oi, conheci seu blog através do Oscar, e digo, está linkado, é ótimo.

Morei um tempo em Manaus e acho que já deve saber que a cidade de Barcelos no Amazonas é uma grande exportadora de peixes ornamentais, tem muito contrabando também, fazer o que.

Ablagos e continue.