Uma nova espécie do gênero Moenkhausia é descrita no rio Sepotuba, bacia do rio Paraguai, Brasil. Descrita pelos ictiólogos brasileiros Ricardo Benine, Tatiane Mariguela e Cláudio de Oliveira, a nova espécie foi denominada Moenkhausia forestii. Essa nova espécie é diagnosticada de seus congêneres por caracteres relacionados ao padrão de colorido do corpo, número de escamas da linha lateral, grau de desenvolvimento dos poros sensoriais na linha lateral e número de séries de escamas acima e abaixo da linha lateral.
Uma análise molecular usando sequências parciais do gene mitocondrial Citocromo Oxidase I de espécimes representativos da nova espécie e espécimes pertencentes a espécies morfologicamente similares demonstrou que M. forestii é facilmente diferenciada por sua elevada distância genética e por sua posição na hipótese filogenética obtida pelo método de máxima parcimônia. A análise de três amostras de M. oligolepis também revelou que estas apresentam distâncias genéticas elevadas e pertencem a grupos monofiléticos distintos, sugerindo que esta espécie corresponda a um complexo de espécies e não uma única espécie.
Coloração: Prata escuro a amarelado (dependendo do grau de retenção da guanina). Cromatóforos escuros concentram-se na margem das escamas, tendo como resultado o padrão reticulado conspícuo. Região dorsal mais escura do que flancos. Região umeral com a mancha triângular. Poucos cromatóforos escuros dispersos nos infraorbitais e opérculo. Listra fina e escura que estende ao longo da metade posterior do corpo. Nadadeira caudal com uma mancha escura. Pedúnculo caudal com muitos pigmentos escuros dispersos, tendo como resultado uma mancha conspícua e uma área mais clara antes. Nadadeira dorsal com a pigmentação escura dispersa, concentrada mais na metade anterior. Nadadeira anal com pigmentação escura dispersa.
Distribuição geográfica: Moenkhausia forestii é encontrada no rio Sepotuba. Este é um tributário do alto Paraguaí.
Etimologia: Forestii, epíteto específico, em honra a Fausto Foresti, por suas contribuições para o conhecimento da genética de peixes.
Dimorfismo sexual: Ganchos ósseos nas nadadeira anal nos machos.
Adaptado e traduzido por Ricardo Britzke © Copyright 2009 ©
0 comentários:
Postar um comentário